A iniciativa e-escolinha que levou o computador Magalhães às crianças do 1º ceb não foi alvo de qualquer estudo prévio de acompanhamento ou pós-entrega para verificação dos seus pressupostos (foram ou não alcançados). A iniciativa, cuja filosofia é de inquestionável interesse, foi utilizado, mais ou menos, politicamente por aqueles que dela fizeram promoção pessoal e daqueles que a viram como mais uma oportunidade de criticar o governo pelo seu lançamento (gastos, gestão etc).
Certo certo é que nem tudo correu bem.
O computador em si, o modelo escolhido é questionável.
A modalidade da sua integração e utilização nas aulas também o seria/é.
Passado mais de um ano sobre esta iniciativa seria altura de se fazer um levantamento rigoroso, isto é, uma avaliação científica de todos os seus aspectos. Ora, para além de uma iniciativa da Assembleia da Republica cujo resultado tarda em ser conhecido, nada, mas nada transparece para o público.
O que se sabe, nem sempre é positivo e sempre explorado da pior forma.
Hoje, a propósito do "novo Magalhães" apenas chegar às escolas no início do próximo ano lectivo, o JN apresenta uma breve síntese da situação que pode ser lida aqui.
Depois de acompanhar quer pessoalmente quer profissionalmente as deambulações do Magalhães, tenho a certeza que esta iniciativa e, outras parecidas, são o carvão do regime com que se alimenta uma máquina a vapor de um comboio que está em marcha e que ninguém ousa parar, ficando os passageiros nas estações a ver o dito cujo a passar ... mas sem maquinista e sem destino.
Aproveito para recordar que os Centros de Formação e as Instituições que promovem iniciativas de formação profissional para Pessoas com Deficiência e Incapacidades ficaram ostensivamente de fora de qualquer das iniciativas promovidas, o e-escola e o e-escolinha.
Mais uma vez a integração às urtigas, a info-exclusão esquecida ou não fosse o tempo de "crise" e os cortes naqueles que mais dificilmente sabem e podem reclamar.
Nota: aconselho vivamente a quem nunca o fez, a tentar escrever um texto no Magalhães. Depois, façam o julgamento que bem entendem.
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