Os “utilizadores especiais” do computador, não pretendem ser “informáticos”, vêm o computador como instrumento lúdico e recreativo.
Esta faceta lúdica tem-nos levado a procurar programas e actividades que despertem o interesse e promovam o desenvolvimento criativo do utilizador.
Se o Mario Bros
ou o Solitário são nitidamente um jogo
é um jogo de carácter educativo, criativo e estruturante. Mesmo possuindo a versão limitada de Trial, foi fácil a aderir ao “vício” saudável de querer ultrapassar nível após nível. As competências exigidas são diversas, mas seguramente a procura de soluções alternativas para a resolução dos problemas, respeitando certas regras do mundo natural, é uma delas, isto é, as competências cognitivas, o solving problem, do mundo real onde as leis da física se aplicam – os objectos caem, rolam etc. Claro está, que os factores de personalidade, como perseverança na tarefa, persistência na procura de soluções e satisfação pelas respostas, são essenciais, para enfrentar o desafio que ele nos apresenta.
O utilizador com mais limitações intelectuais sente, por vezes alguma dificuldade inicial na percepção da dinamica de jogo, contudo, logo que ela é entendida e com o apoio do monitor, é uma fonte de admiração e prazer. O maior problema, diga-se, foca-se muitas vezes no controlo da caneta do jogo que é efectuado com o rato/trackball. Se fosse possível fazê-lo com caneta no ecrã, seria seguramente muito mais interessante e divertido.
Para esta actividade e para algumas outras que vamos descobrindo o sistema operativo mais conveniente seria o XP Tablet, pois permitiria utilizar a caneta directamente no ecrã. As limitações do Windows Vista neste domínio são evidentes.
Do mesmo modo, jogos como o Sims2 ou Simcity são particularmente úteis pois exigem uma adequação a regras de interacção social e de construção de níveis de hierarquia de responsabilidade.
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